Profecias que dão medo podem ser verdadeiras?

Você já deve ter visto por aí a acusação: “Esta profecia é falsa porque dá medo!”

Há pessoas que negam que as profecias de castigos possam ter origem divina. Dizem que Deus, por ser bom, não assustaria, ou que a Virgem Maria não nos diria coisas amedrontadoras. Será verdade?

Muitas vezes, nas Sagradas Escrituras, a expressão “não tenhais medo” é dita por Jesus aos discípulos e pelos anjos àqueles que os veem. É verdade, portanto, que Deus não quer que tenhamos medo. No entanto, várias vezes também é dito na Bíblia que devemos temer a Deus.

O temor é semelhante ao medo. Entretanto, enquanto o medo descontrola e desespera, o temor leva ao controle, por meio da contrição, e fomenta a esperança, por meio da obediência. O medo paralisa, mas o temor leva ao progresso espiritual. O medo tira a pessoa de si, mas o temor a leva ao recolhimento. O temor a Deus, portanto, tem o efeito contrário ao medo. Não devemos ter medo, mas devemos, sim, ter temor.

Um pai que diz ao filho as consequências negativas de seu mau comportamento não o adverte porque quer o seu mal, mas porque quer o seu bem. Se o filho sobe uma árvore, é avisado que poderá se machucar. Se está desobedecendo, é ameaçado com um castigo. Se um pai, com todas as suas imperfeições humanas, adverte o filho por amor, por que Deus Pai, em Sua perfeita sabedoria, não faria o mesmo? Por acaso nos abandonaria, sabendo das consequências dos nosso atos? Deus só quer o nosso temor porque nos ama.

As profecias que atemorizam não são inovações das revelações privadas. Elas também estão nas Sagradas Escrituras, do primeiro ao último livro. Quem nega as revelações privadas por falarem de castigos também rejeita, sem perceber, a própria Bíblia.

Nenhum pai tem prazer em castigar. As ameaças de castigos são feitas justamente porque os pais querem ser obedecidos e, assim, não ter que aplicar punição nenhuma. Então sejamos humildes para aceitar as correções deste Pai tão amoroso.

Convertamos o medo em temor por meio da oração e da penitência. Deus ouve nossas preces e, assim como castiga os desobedientes, também recompensa os obedientes.