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Foto do escritorLucas Gelásio

O Triunfo da Igreja (30/12/1819)

Atualizado: 26 de mai. de 2024



Publiquei, recentemente, revelações da Freira Nordestina sobre o que acontecerá após os Três Dias de Trevas.


Em visão, um anjo a levara até o topo de uma montanha e mostrara-lhe uma manifestação de Nosso Senhor Crucificado no céu, com luzes jorrando de Suas Chagas. A Cruz brilhava e, atrás dela, havia uma imensa esfera cuja borda era vermelha e o centro amarelo.


A Beata Anna Catharina Emmerich teve uma visão semelhante. No dia 30 de dezembro de 1819, após ter passado dias tendo visões sobre um grupo que destruía a Igreja, representada pela Basílica de São Pedro, foi-lhe revelada uma batalha. Confira a tradução, em suas palavras, conforme o livro The Life of Anne Catherine Emmerich (Carl E. Schmoger, vol. 1):


"Mais uma vez vi a Basílica de São Pedro com sua cúpula elevada, em cujo topo estava Miguel brilhante e luminoso. Ele usava uma túnica vermelho-sangue e tinha um grande estandarte na mão. Uma luta desesperada estava acontecendo abaixo. Os combatentes de verde e de azul enfrentavam os de branco. Sobre estes últimos, que pareciam ter sido derrotados, apareceu uma espada vermelha de fogo. Ninguém sabia por que eles lutavam. A igreja estava toda vermelha como o anjo, e disseram-me que seria banhada em sangue. Quanto mais tempo o combate durava, mais pálida ficava a cor da igreja e mais transparente ela se tornava.


“Então o anjo desceu e aproximou-se das tropas brancas. Vi-o várias vezes na frente deles. A coragem deles foi maravilhosamente despertada, sem que soubessem por quê, nem como. O anjo atacou à direita e à esquerda em meio aos inimigos, que fugiam para todas as direções. Então desapareceu a espada de fogo que pairava sobre os brancos vitoriosos. Durante o combate, as tropas inimigas continuaram desertando constantemente para o outro lado; em um momento, elas foram em grande número.

 

“Vários santos pairavam no ar sobre os combatentes, apontando o que deveria ser feito, fazendo sinais com a mão etc. Eram todos diferentes, mas impelidos por um único espírito.

 

“Quando o anjo desceu, vi acima dele uma grande cruz brilhante nos céus. Nela estava pendurado o Salvador, cujas Chagas lançavam raios brilhantes sobre toda a terra. Aquelas Feridas gloriosas eram vermelhas como portas resplandecentes, seus centros amarelo-dourados como o sol. Ele não usava coroa de espinhos, mas, de todas as feridas de sua cabeça, jorravam raios. Os raios de Suas mãos, pés e flancos eram finos como cabelos e brilhavam com as cores do arco-íris. Por vezes, todos se uniam e caíam sobre aldeias, cidades e casas em todo o mundo. Eu os vi aqui e ali, longe e perto, caindo sobre os moribundos, e as almas entrando pelos raios coloridos nas Chagas do Salvador. Os raios vindos do Lado se espalharam pela Igreja como uma poderosa corrente, iluminando cada parte dela. Vi que o maior número de almas entra no Senhor por meio dessas correntes brilhantes.


“Vi também um coração vermelho brilhante flutuando no ar. De um lado, fluía uma corrente de luz branca para a Chaga do Lado Sagrado; do outro, uma segunda corrente caía sobre a Igreja em muitas regiões. Seus raios atraíam numerosas almas que, pelo Coração e pela corrente de luz, entravam no Lado de Jesus. Disseram-me que este era o Coração de Maria.


“Além desses raios, vi cerca de trinta escadas descendo das Chagas; algumas, porém, não alcançavam a terra. Não eram todas iguais, mas umas estreitas e outras largas, umas com voltas grandes e outras pequenas, umas sozinhas e outras juntas. Sua cor correspondia à purificação da alma: primeiro escura, depois mais clara, depois cinza e, por fim, cada vez mais brilhante. Vi almas subindo-as dolorosamente. Algumas escalavam rapidamente, como se tivessem sido ajudadas desde cima; outras avançavam ansiosamente, mas escorregaram para trás nas voltas inferiores; outras ainda caíam inteiramente na escuridão. Seus aflitos e dolorosos esforços eram de dar pena. Aquelas que montavam com facilidade, como se fossem ajudadas, pareciam estar em comunicação mais próxima com a Igreja. Vi também muitas almas daqueles que caíram no campo de batalha tomando o caminho que conduz ao Corpo do Senhor.

“Atrás da cruz, no fundo do céu, vi inúmeras imagens representando a preparação há séculos iniciada para a obra da Redenção. Entretanto, não as consigo descrever. Pareciam as estações do Caminho da Graça Divina desde a Criação até a Redenção. Nem sempre fiquei no mesmo lugar. Movimentei-me entre os raios, vi tudo. Ah, vi coisas inexprimíveis, indescritíveis! Pareceu-me que a Montanha do Profeta se aproximava da cruz e ao mesmo tempo permanecia em sua própria posição, e a vi como na primeira visão. Mais acima e atrás dela, havia jardins cheios de animais e plantas brilhantes. Senti que era o Paraíso.

 

“Quando o combate na terra terminou, tornaram-se brilhantes e resplandescentes a igreja e o anjo, e este desapareceu. A cruz também sumiu. Em seu lugar, ficou uma senhora alta e resplandecente, estendendo ali o seu manto de raios dourados. Havia uma reconciliação acontecendo no lado de dentro da igreja. Atos de humildade estavam sendo praticados. Vi Bispos e pastores aproximando-se e trocando livros. As várias seitas reconheceram a Igreja pela sua vitória milagrosa e pela luz pura da revelação que tinham visto irradiar sobre ela. Esta luz nasceu da fonte que jorrava da Montanha do Profeta. Quando vi esta reunião, senti que o reino de Deus estava próximo.


“Percebi um novo esplendor, uma vida mais elevada em toda a natureza e uma emoção sagrada em toda a humanidade, como na época do nascimento do Salvador. Senti tão sensivelmente a aproximação do reino de Deus que fui forçada a correr ao seu encontro, soltando gritos de alegria.

 

“Tive uma visão de Maria em seus ancestrais. Vi todos os ramos de sua linhagem, mas nenhuma flor era tão nobre quanto ela. Eu A vi vir a este mundo. Como, não posso expressar, mas da mesma forma que sempre vejo a aproximação do reino de Deus, com o qual só posso fazer comparações. Vi-o apressado pelos desejos de muitos cristãos humildes, amorosos e fiéis.


“Vi na terra muitos rebanhos pequenos e luminosos de cordeiros com seus pastores, os servos Daquele que, como um cordeiro, deu Seu Sangue por todos nós. Entre os homens, reinou o amor ilimitado de Deus. Vi pastores que conhecia, que estavam perto de mim, mas que pouco sonhavam com tudo isso, e senti um desejo intenso de despertá-los de seu sono. Regozijei-me como uma criança, porque a Igreja é minha mãe, e tive uma visão da minha infância, quando o nosso mestre da escola dizia-nos: ‘Quem não tem a Igreja como sua mãe, não vê Deus como seu pai!’ Novamente eu era uma criança, pensando como na época: ‘A igreja é Pedra. Como, então, pode ser vossa mãe!? No entanto, é verdade, é vossa mãe!’ E então pensei que eu ia à minha mãe sempre que entrava na igreja, e gritei em minha visão: ‘Sim, ela é, de fato, vossa mãe!’ Agora, de repente, vi a Igreja como uma bela e majestosa senhora, e queixei-me que ela se deixava negligenciar e maltratar pelos seus servos. Implorei a ela que me desse seu filho. Ela colocou o Menino Jesus em meus braços e conversei muito com Ele. Então tive a doce certeza de que Maria é a Igreja; a Igreja, nossa mãe; Deus, nosso pai; e Jesus, nosso irmão. Fiquei feliz por, quando criança, ter entrado na mãe de pedra, a igreja e, pela graça de Deus, ter pensado: ‘Estou entrando em minha santa mãe!’


“Vi uma grande festa na Basílica de São Pedro que, depois da batalha vitoriosa, brilhou como o sol. Vi numerosas procissões entrando nela. Vi um novo Papa, sério e enérgico. Vi, antes do início da festa, muitos maus Bispos e pastores sendo por ele expulsos. Vi os santos Apóstolos tomarem papel de destaque na celebração. Vi sendo verificada a petição: ‘Senhor, venha a nós o Vosso reino.’


“Parecia que eu via os jardins celestiais descendo do alto, unindo-se a lugares puros da terra e banhando tudo com a luz original. Os inimigos que fugiram do combate não foram perseguidos; eles se dispersaram por conta própria.”

 

 

Estas visões sobre a Igreja foram transformando-se numa contemplação da Jerusalém Celestial.


A cena relatada pela beata tem vários elementos semelhantes à revelação da Freira Nordestina: a cruz resplandecente no céu, com Nosso Senhor crucificado; as luzes saindo das chagas, as procissões no momento da vitória, entre outros. Entretanto, enquanto a visão da freira aparenta ser uma descrição literal, a da beata parece ser mais simbólica.


Pode-se entender os guerreiros de branco como os defensores da Igreja. No sofrimento da batalha, Jesus Misericordioso purifica os homens configurando-os à Sua Paixão. Como consequência, a humanidade se converte.


Esse cenário não é o Juízo Final, mas uma tribulação purificadora, na qual triunfará a Igreja Católica através do Imaculado Coração de Maria. E quem nele estiver, também triunfará.




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1 comentario


annalluccia2
07 abr 2024

Amém, louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo e Sua Mãe e nossa a Sempre Virgem Maria🙏🏻🙏🏻❤️❤️

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