No dia 10 de abril, a Freira Nordestina teve um sonho que sentiu ser uma revelação. Ela me passou o conteúdo em 15 de maio.
No sonho, ela via-se em meio a um cenário devastador de guerra. Estava havendo uma grande perseguição aos judeus. A freira ouviu, então, a voz da Virgem Maria dizendo-lhe para trazer todos os judeus a Ela.
Enquanto tudo era destruído, a freira tentava levar os perseguidos para um santuário mariano, o qual não sabe dizer qual é. No caminho, em meio a explosões de bombas, encontrou uma menina judia e, apesar dos riscos, passou a tentar salvá-la. Viu também modernos instrumentos de guerra, incluindo um aparelho voador que detectava onde estavam as pessoas escondidas, mesmo em abrigos subterrâneos.
Ela conseguia levar muitos refugiados para o santuário. Lá viu Nossa Senhora, que lhe disse:
— Traga-Me todos os judeus, porque Eu sou a Mãe de todos eles, dos judeus cristãos e dos que não são cristãos. Eu os salvarei!
Aqui terminou o sonho.
Assim que recebi esse relato da freira, pedi a ela um tempo maior para discernir. Entrei em contato com alguns sacerdotes aprofundados em teologia para questionar se não seria um erro doutrinal a afirmação de que Maria é também a mãe dos que não são cristãos. Depois de várias consultas e pesquisas, fui convencido de que está tudo de acordo com a Doutrina da Igreja.
Em uma famosa canção medieval, a Cantiga de Santa Maria 167, é descrita a cena de uma moura de Borja que chorava pela morte de seu filho. Vendo as cristãs pedirem ajuda a Maria, a muçulmana resolve fazer o mesmo e, levando o pequeno cadáver a um local de peregrinação, recebe o milagre da ressurreição da criança. Diante da graça alcançada, converte-se ao cristianismo. Diz o refrão da canção: “Quem quer que na Virgem confie e Lhe rogue com veemência, Ela valer-lhe-á, mesmo que seja de outra lei na crença.”
Então oremos para que Maria, mãe de toda a humanidade, socorra os perseguidos. E, por meio Dela também, que todos possam receber a grande graça de amar a Santa Igreja.
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